Recursos Visuais para IMPRESSIONAR: Tooltip + Drill Down + Drill-Through
E aí, tudo bem com você?! O conteúdo de hoje mostrará como usar alguns recursos visuais incríveis do Power BI ! Daremos exemplos práticos de
Para quem não me conhece, sou o Leonardo Karpinski e ministro Cursos e Palestras sobre Power BI desde 2016. Sou Engenheiro Mecânico e não tenho nenhuma experiência prévia com Design.
Muita gente acha que precisa ser Designer para conseguir fazer Dashboards espetaculares. Mas… Se tivesse mesmo que ser, eu não estaria aqui escrevendo sobre isso. Eu era você há uns anos atrás, acredite. Ficava super travado quando chegava na parte visual.
Eu escrevi esse material justamente para te mostrar que é possível sim fazer Dashboards atraentes, de alto impacto visual, e que causem aquele Efeito ‘WOW’ nas pessoas.
Quero te ajudar a sair daquele bloqueio criativo que te faz perder horas decidindo qual gráfico utilizar em cada situação, cor, background, além de te dar várias dicas bacanas para não cair em armadilhas que muita gente cai na hora de criar os visuais.
Você pode ter feito o trabalho mais incrível do mundo no Power BI relacionado a ETL, Cálculos, Modelagem etc mas se você não souber como atrair a atenção e impressionar sua audiência, todo o seu trabalho terá sido em vão. É aí que entra a importância do Storytelling e da Visualização de Dados.
Neste eBook vou te passar um Guia super completo para você fazer aquele Dashboard INCRÍVEL. Ah, importante ressaltar que todos os exemplos foram desenvolvidos no Power BI. Ou seja, tudo que eu mostrar aqui você conseguirá aplicar sem maiores problemas.
Criar Dashboards de alto impacto visual é mais fácil do que pensamos. Você não precisa ser nenhum designer para conseguir prender a atenção dos usuários com seus Dashboards. Basta seguir os 9 passos abaixo que você também vai conseguir criar soluções incríveis:
Vou detalhar um por um para você logo abaixo.
Vamos lá?!
Você já deve ter ouvido falar sobre o termo “Storytelling”. Essa palavra se popularizou nos últimos anos, mas o conceito já existe há muito (mas muito) tempo atrás. Lembra daquelas artes rupestres que você estudou na escola? Aquela era a forma que os nossos antepassados passavam informações, valores e tradições culturais às novas gerações – eles contavam histórias através daqueles desenhos.
Mas, voltando para os dias de hoje… Você já deve ter assistido alguma palestra no estilo TED Talks ou algum anúncio emocionante na TV ou Internet. O que tem de comum entre eles? Ficamos totalmente envolvidos com aquelas histórias fantásticas. Nossos olhos ficam vidrados, o coração passa a bater mais rápido com o desenrolar do vídeo. Será que o seu dashboard pode causar o mesmo efeito nas pessoas? Claro que sim.
Podemos definir Storytelling aplicado a dados como a arte de construir uma narrativa em torno de um conjunto de dados para ajudar a transmitir o significado desses dados de uma forma poderosa e envolvente.
Esse grande volume de dados disponíveis ao nosso redor precisa ser digerido por todos nós todos os dias. Desde o momento que você acorda até a hora que você vai dormir você é bombardeado de informações. A atenção que você vai dar a cada informação vai depender do que você precisará naquele momento e da forma que aquela informação foi apresentada a você. O mesmo ocorre quando você vai fazer uma apresentação na empresa que você trabalha – essa mesma, que você levou dias para montá-la.
Você já se perguntou o quanto dessa sua apresentação realmente foi absorvida pelo público? De todos que estavam presentes na sua apresentação, quantas realmente conseguiriam ficar imersos nela? Se sua apresentação fosse um anúncio do YouTube que apareceria naqueles segundos iniciais, você pularia ou assistiria até o final?
A mesma dúvida ocorre com aquele relatório ou apresentação cheio de tabelas e gráficos que te pediram para fazer. Não importa o exemplo, o que sabemos é que se você não souber como contar e mostrar uma boa história, muito trabalho poderá ter sido em vão.
Pode soar estranho falar de Storytelling em Dashboards no Power BI já que a informação muda a cada interação do usuário. Filtrou o período? O valor muda, a história muda. Clicou num ponto do gráfico?! Mudou de novo! Não se preocupe com isso. O que você precisa entender aqui é que você pode (e deve) utilizar recursos do Storytelling em seus projetos de BI. Isso se resume em:
Você contaria qualquer história para uma pessoa que acabou de conhecer? Imagino que não. Para saber qual história contar, é necessário conhecer quem vai ouvi-la. Você precisa conhecer a audiência.
No contexto de Dashboard tenha em mente que a audiência dificilmente se limitará a um só tipo de perfil. Diferentes usuários possuem diferentes objetivos e diferentes pontos de vista.
Então, saber que é a alta diretoria de uma empresa de varejo a sua audiência não garante que você atraia a atenção desejada. Você precisa saber porque esse público precisa de um Dashboard. E para atrair a atenção você precisa ter um propósito bem definido. Afinal, você não quer criar algo irrelevante para seu público-alvo, certo?!
Se você perceber que seu público alvo possui perfis muito diferentes e tem o mesmo nível de prioridade, fique atento! Você pode acabar criando um monstrinho se você tentar atender a todos eles num único dashboard.
Você pode usar esse checklist de perguntas inicialmente para ter uma visão mais clara do propósito:
Após definido para quem iremos montar nosso painel e, conhecida a audiência, precisamos começar a botar a mão na massa. Mas antes de sair montando o relatório final, é importante desenvolvermos um esboço do resultado esperado pelo cliente – este pode ser até mesmo algum setor da sua própria empresa (entenda aqui por cliente como o usuário final, sua audiência).
É nessa hora que você deverá rabiscar como será cada página do Dashboard com seu cliente. Falei “rabiscar” porque trata-se de um desenho de baixa fidelidade, ou seja, você não deve se preocupar com detalhes como cor, ícones, interatividade entre elementos etc. O foco aqui é saber qual dado e qual gráfico ficará em cada posição.
Tem gente que prefere primeiro fazer uma reunião para apenas anotar as informações e só depois fazer o esboço, com calma. Se optar por fazer assim, tenha em mente que será necessária uma validação posterior do cliente. A escolha vai depender do prazo do projeto, do nível de maturidade das expectativas do cliente, do gosto do desenvolvedor, da disponibilidade de tempo de ambos os lados etc.
Você deve estar se perguntando: Como eu vou desenhar isso? No papel mesmo?
Quando eu trabalhava como consultor utilizava papel, mesmo sem saber desenhar. Se você não gosta muito de papel, existe a opção de fazer esse “rabisco” em algum software da sua preferência.
Vou citar alguns exemplos aqui:
Quando escolhemos representar nossos dados em um gráfico estamos facilitando o acesso à informação e sua interpretação. Com isso, a tomada de decisão se torna mais rápida e segura, já que de forma gráfica é bem mais fácil identificar padrões e tendências. O ser humano processo informações visuais infinitamente mais rápido do que informações em texto. Já imaginou ter que interpretar sozinho milhões de linhas sem gráfico nenhum? Haja braço para rolar o scroll do mouse!
No entanto, apenas criar gráficos não basta. Você precisa saber escolher os gráficos mais adequados para cada tipo de informação que deseja transmitir bem como saber apresentá-los numa ordem e formatação que faça sentido.
Após determinar sua audiência e propósito, é necessário desenhar o que será desenvolvido.
Para isso você precisa responder algumas perguntas:
Para facilitar na escolha dos visuais, gosto sempre de identificar a principal função do elemento gráfico que quero mostrar. Podemos pensar em 4 funções:
Separei uma lista de exemplos bem comuns de escolhas inadequadas de visuais! Verifique se já caiu em alguma dessas armadilhas e fique ligado nas dicas que dou para não cair mais!
Não tem melhor forma de aprender a usar os visuais corretos senão praticando o senso crítico com exemplos reais. Lembre-se: não existe perfeição, existe prática.
Então, peço que você analise o exemplo abaixo e julgue se o visual está 100% de acordo com o que foi solicitado. Procure identificar todos os problemas e mentalmente propor uma solução para cada um deles, ok?!
Exercício:
Problemas identificados:
Resultado após aplicação das correções:
Comparações ao longo do tempo devem ser realizadas através de gráficos com tempo no Eixo X (horizontal). Os gráficos mais recomendados para isso são Gráfico de Linha de Gráfico de Colunas.
Se a pessoa que solicitou o Dashboard não tiver uma paleta de cores (identidade visual da marca), você precisará defini-la. É aí que muitos profissionais escorregam porque escolhem cores “semelhantes” aleatoriamente ou desconhecem as dicas que vou te passar aqui.
O uso consciente das cores faz com que o usuário do seu painel não leve mais tempo processando determinada informação. A ideia é sempre facilitar a leitura do gráfico e chamar atenção somente para aquilo que realmente importa. Se você aumentar o brilho da cor de um elemento, por exemplo, isso fará com ele pareça ser mais importante. Ou se você utilizar a mesma matiz de cor em dois elementos distintos, você acaba mostrando que eles tem alguma conexão ou relacionamento.
Vou te mostrar um exemplo de uso estratégico das cores num Dashboard de Gestão de Pessoas que disponibilizo no Curso Completo. Repare que cada “tela” tem a predominância de uma cor. Cada cor está associada a uma variável: colaboradores ativos, contratações e desligamentos.
Também temos um outro exemplo da aplicação correta das cores no Dashboard de Logística. Veja que a Receita Bruta, Custo total, Número de Viagens e Resultado possuem cores padrão que são utilizadas em toda a página. Isso facilita a leitura da informação pelo usuário.
Um outro exemplo de uso de cores de forma consistente é o Dashboard abaixo com análise de Receita e Margem. Veja que as cores definidas para Receita Operacional, Margem de Contribuição e % MC nos três primeiros cards continuaram sendo as mesmas na tabela e gráfico de barras que estão logo abaixo.
No Adobe Color e no My Color Space você consegue fazer buscas de paletas prontas apenas digitando a sua cor de referência, por exemplo “Azul”. Também é possível extrair cores de imagens ou mesmo buscar por cores que são tendências de cores por setor. Sugiro que você explore pelo menos esses dois primeiros sites da lista! Tem muita coisa legal lá!
O Coolrs é excelente para você testar paletas de cores caso possua usuários daltônicos. Fiz um post sobre isso mostrando um exemplo aqui: Dashboards para Daltônicos.
A tipografia costuma ser um item esquecido no desenvolvimento de Dashboards. Mas pode ser aquela diferença entre uma painel “bom” e um “excelente”.
Podemos separar as fontes em serifadas e não serifadas. Serifa é o traço ou barra que aparece no extremidade das letras. As fontes serifadas são recomendadas para conteúdos mais textuais como livros e revistas. Recomenda-se utilizar fontes sem serifa em textos menores como em legendas e rótulos.
No Power BI temos 24 fontes disponíveis. Veja que as fontes Times New Roman, Georgia e a Courier New são serifadas:
Ao escolher uma fonte, faça testes no ambiente online – que é o local onde os usuários consumirão o Painel! Nos painéis recomendo as fontes não serifadas. Eu utilizo muito a fonte DIN e a Segoe Bold.
Dica final: Não esqueça do padrão! Defina a fonte e tamanho dos rótulos, títulos, botões etc e mantenha a consistência em todo o trabalho. Não vale ter um cartão com fonte no tamanho 22 e outro com tamanho 24 na mesma hierarquia de informação. Por isso, atente-se para escolher uma fonte que funcione em todos os elementos que tiver utilizando.
No Curso Completo eu disponibilizo dezenas de Backgrounds editáveis para os alunos usarem em seus Dashboards. Veja um exemplo:
Lembra daquele nosso esboço no papel? Pois então… Após aprová-lo com o cliente, definir a paleta de cores e as fontes, você pode montar seu background.
Nele você precisa ter em mente tudo que aparecerá no seu painel bem como todas as funções de navegação, porque a ideia aqui é deixar o mínimo de elementos possível para inserir no Power BI. Quanto mais “completo” tiver seu background, menos trabalho você vai ter no Power BI Desktop.
Repare que todos os elementos possuem um certo padrão de alinhamento, sombra, cor, formato… Isso é muito importante. Entrarei em detalhes sobre isso daqui a pouco.
Para desenvolver um Background como esse que exemplo que mostrei você vai precisar pelo menos do Power Point. Sim, isso mesmo que leu! Esse background lindo foi feito no Power Point. Dá pra usar o Figma, Canvas, Google Slides, etc. Você escolhe! Ah, falando em Figma, dentro do Curso Completo você vai ter também um Curso Completo de Figma do Zero!
Se você quiser fazer o fundo degrade mas é super indeciso(a) ou não curte criar do zero, tem o UI Gradients e Web Gradients que já traz várias opções prontas e permite que você faça download ou copie o HEX das cores. Resumo com os links:
Muita gente menospreza os detalhes na hora de desenvolver um dashboard. Não se importam com o formato do botão e o que ele representa no contexto, não ligam para imagens ou outros elementos visuais. Pensam que são “firula”.
Você precisa “empatizar”, ou seja, se colocar no lugar do usuário. O usuário precisa ter a melhor experiência ao navegar pelo seu painel. Isso vai desde a primeira visão geral (aqueles 5 segundos iniciais) até a interação, onde ele vai clicar, filtrar, navegar…
No exemplo abaixo temos o Dashboard de Logística onde utilizei imagens e ícones. Veja que os ícones estão relacionados com o seu significado. O usuário precisa olhar uma vez para “aprender” que aquela informação está associada àquela cor e imagem. Depois ela não precisa mais ler o significado. Isso gera uma fácil compreensão pelo usuário e maiores chances de aderência.
Parece bobeira, mas o alinhamento dos visuais e a padronização dos espaçamentos entre os elementos são fundamentais para garantir uma estética agradável aos olhos dos usuários, que passaram horas analisando aquele painel. Quem nunca se irritou com um quadro na parede desalinhado que atire a primeira pedra!
A melhor forma de você obter o alinhamento e espaçamentos perfeitos é através do uso da Grade (Grid). A criação de Grids consiste em dividir uma proporção da tela do usuário em partes iguais com espaçamento entre elas.
A aplicação desse espaçamento também conhecido como espaço negativo ou espaço em branco permite que você mantenha a ordem, organização e ênfase nos elementos-chave do painel.
Manter a consistência aqui é a palavra de ordem! Defina um padrão e siga-o!
Você pode utilizar a Grid padrão do Power BI. Para habilitá-la basta procurar no Guia “Exibição” a opção “Linhas de Grade”. Mas ela é um pouco limitada.
Se optar por fazer no PowerPoint, basta você criar os retângulos verticais (colunas) e distribuí-los horizontalmente e o inverso para os retângulos horizontais (linhas).
Se você optar por usar o Figma, basta definir a quantidade de cada um no menu Layout Grid. Opcionalmente você pode definir também a margem a partir da qual a Grid será colocada.
Veja um exemplo:
Após a definição das Grid é necessário que você insira os elementos de forma que as bordas deles não cruzem as colunas e linhas definidas anteriormente e estejam alinhados entre si. Ao fazer isso você notará que a distância entre os elementos será igual.
Esses espaços em branco entre os elementos são necessários pois facilita a legibilidade e usabilidade além de deixar seu Painel elegante. O pessoal do Design chama isso também de “espaço negativo”. Veja no exemplo que a distância entre os retângulos é sempre 17, entre os ícones dos botões é sempre 42 e as distâncias horizontais até as margens são 33 px
É muito importante checar a gramática de todos os textos do Dashboard. Se tem algo que pega mal é você deixar o título de um gráfico com erro de Português ou esquecer de modificar o título do gráfico que aparece automaticamente. Revise quantas vezes forem necessárias para que não passe nenhum erro, ok?!
Outra coisa bem importante é definir um padrão de nome das variáveis. Por exemplo: se você optar por chamar de “Total de Vendas” o valor monetário obtido com as vendas, procure manter esse padrão em todas as páginas desse painel para facilitar a vida do usuário.
Além disso, não se esqueça de colocar o formato de moeda quando tiver lidando com valores monetários e padronizar o número de casas decimais e separadores de milhares, beleza?!
Quando eu comecei a trabalhar com Power BI eu não sabia nada de design, e eu tive que dar o meu jeito para “aprender” a criar Dashboards visualmente atrativos para meu público.
A melhor forma para você ir “pegando o jeito” no Design de Dashboards é se inspirar em referências e ler esse eBook. No Curso Power BI Experience eu disponibilizo 26 Dashboards e dezenas de templates (backgrounds, ícones, etc). Você pode começar por eles já que são recursos totalmente editáveis.
Veja alguns dos Dashboards disponíveis no Curso:
E aí, tudo bem com você?! O conteúdo de hoje mostrará como usar alguns recursos visuais incríveis do Power BI ! Daremos exemplos práticos de
Fala, galera! Tudo certo por aí?! No artigo de hoje vou dar várias dicas para que você possa criar dashboards incríveis utilizando técnicas de Storytelling
Após finalizar seu Dashboard, utilize o resumo abaixo para ter certeza de que ele está redondo:
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